Folar alentejano

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Folares há muitos, até porque, no nosso país, cada região tem a sua própria versão, seja ela salgada e rica em enchidos, ou doce e com especiarias. Hoje, vamos explicar-lhe como pode fazer um maravilhoso folar alentejano, com um toque especial dado pela canela e pela erva doce usada na massa.

Pode servir o seu folar sozinho ou acompanhado de uma bebida, até porque esta receita será sempre um sucesso entre quem a prova. Portanto, temos a certeza de que o folar alentejano vai ser uma presença frequente em sua casa, mesmo que não tenha raízes nesta zona do nosso país.

Folar alentejano: história da canela

Juntamente com a erva doce, é a canela que vai dar muito do seu sabor ao folar alentejano, que tanto cativa quem o prova. Curiosamente, e tal como acontece com o folar, a canela tem uma longa história, influenciando a vida dos povos que a produziam e consumiam.

É difícil saber exatamente há quanto tempo as pessoas conhecem a canela, mas existem alguns registos escritos iniciais da sua utilização. A Bíblia cristã menciona a canela pelo menos um par de vezes – quando Moisés a utiliza como parte do óleo de unção, por exemplo. Alguns especialistas dizem que os egípcios também utilizavam a especiaria para muitas tarefas – como o embalsamamento – que podem parecer invulgares, tendo em conta a sua atual reputação como um artigo de cozinha. Os europeus utilizavam-na tanto para dar sabor aos alimentos como em certos ritos religiosos.

Durante a Idade Média, os europeus começaram a considerar a canela como uma espécie de símbolo de estatuto, argumentando que só uma pessoa muito rica poderia conseguir obter uma especiaria exótica do Oriente. No entanto, muitos estudiosos acreditam que, para além do direito de se gabar, os europeus abastados precisavam da especiaria por uma razão muito prática: utilizavam-na para disfarçar o cheiro da carne curada, que muitas vezes se estragava durante o inverno. No entanto, mesmo nessa altura, algumas pessoas acreditavam que a canela também tinha poderes curativos e utilizavam-na para tratar doenças como a indigestão.

A canela, juntamente com especiarias como o cravinho e a noz-moscada, acabou por desempenhar um papel fundamental na expansão da Europa para a Ásia. No século XVII, a canela tinha-se tornado a especiaria mais rentável no comércio da Companhia Holandesa das Índias Orientais. Atualmente, pode não ser tão conhecida pelo seu impacto económico, mas a canela continua a ser uma especiaria popular, talvez essencial, na maioria das cozinhas contemporâneas, e continua a ser parte fundamental da nossa gastronomia, em iguarias como o folar alentejano.

Recrie este maravilhoso folar alentejano e prepare-se para o seu sabor aromático. Bom apetite!

Folar alentejano

Um folar doce com um sabor especial
Preparação 30 minutes
Cozedura 30 minutes
Total 1 hour
Refeição Entradas e petiscos
Cozinha Portuguesa

Ingredientes
  

  • 750 g de farinha
  • 100 dl de água
  • 2 ovos + os ovos para a decoração
  • 75 g de manteiga derretida
  • 20 g de fermento de padeiro
  • 120 ml de leite
  • 1 colher de café de canela
  • 1 colher de café de erva doce
  • Q.b. de sal

Preparação
 

  • Aqueça um pouco de água com a canela e erva doce.
  • Dissolva o fermento em água morna e junte uma pitada de sal.
  • Misture a farinha, os ovos, o leite, a manteiga derretida e a água aromatizada.
  • Faça um buraco nessa mistura e adicione a água com fermento, e amasse até obter uma bola.
  • Coloque a massa num recipiente, cubra e deixe levedar num sítio quente, durante aproximadamente 3 ou 4 horas.
  • Depois de a massa estar levedada, divida-a em partes iguais, consoante o número de folares que quiser fazer.
  • Coloque um ovo no meio do folar e coloque duas fitas de massa cruzadas por cima.
  • Aqueça o forno a 150ºC e coza durante aproximadamente 30 minutos. Retire do forno, desenforme e deixe arrefecer.

Dicas

  • Se a massa estiver muito mole, junte-lhe um pouco mais de farinha para engrossar.
  • Unte a sua forma com um pouco de azeite antes de lá colocar o folar.
  • A massa deve ser trabalhada de dentro para fora, de modo a ficar mais homogénea.
  • Junte farinha enquanto molda a massa para esta não se agarra às mãos ou à mesa de trabalho.
  • O tempo de cozedura pode variar consoante o seu forno, por isso, deverá estar atento ao processo. Se optar por usar um forno de lenha, o tempo de cozedura vai variar ainda mais.
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